Em Salvador, pardos e pretos são maioria entre casos confirmados por Covid-19

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[Em Salvador, pardos e pretos são maioria entre casos confirmados por Covid-19]

A pandemia de Covid-19 em Salvador atinge predominantemente pretos e pardos, segundo levantamento feito pelo BNews a partir de dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Município (SMS) e pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). De acordo com os índices, a população parda soma 46% do total de confirmados por raça e cor. Pretos somam 13%. Brancos e amarelos são 9% cada. 23% não informaram. A pobreza pode ser um dos fatores que explica o dado.

Segundo uma pesquisa concluída pela University of Chicago, nos Estados Unidos, e divulgada pelo jornal Annals of the American Thoracic Society no início de julho, a população negra (pretos e pardos) têm maior risco de contrair a doença por ser o grupo que registra maior número de trabalhadores fora do isolamento por trabalharem em serviços considerados essenciais (que não pararam durante a quarentena), como motoristas de ônibus, zeladores, funcionários públicos de saneamento básico, seguranças, entre outros. 

O levantamento em Salvador também aponta que a população feminina é maioria, com 55%, enquanto os homens são 45% dos infectados. Entre os casos confirmados por faixa etária (idade), as pessoas mais atingidas têm entre 30 e 39 anos (26% do total de casos). A segunda faixa mais atingida está entre 40 e 49 anos (23%). Idosos de 50 a 59 anos são 15% dos casos; de 60 a 69, são 8%; de 70 a 79, 4%; e maiores de 80 anos somam 3% do total de casos.

Salvador registrou 1.755 óbitos pelo novo coronavírus até esta sexta-feira (31). Atualmente o índice de confirmados está em 56.201. Curados são 52.508 e suspeitos, 66.443. O percentual de curados é de 93%.
A Covid-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. Os sintomas podem variar de um simples resfriado até uma pneumonia severa.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos pacientes (cerca de 80%) podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e, desses casos, aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência respiratória (suporte ventilatório).

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