Vídeo:Prefeito anuncia aplicação retal de ozônio como tratamento contra COVID-19; entenda

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Foto: Reprodução

O prefeito da cidade de Itajaí, no estado de Santa Catarina, Volnei Morastoni (MDB), movimentou as redes sociais após sugerir a aplicação de ozônio no ânus em paciente diagnosticados com COVID-19. Sem eficácia comprovada, o Conselho Federal de Medicina (CFM) desaconselha o tratamento. O caso repercutiu na última terça-feira (4).

No vídeo, Volnei, que também é médico, descreve como será feito o procedimento e afirma que serão necessárias dez aplicações durante o tratamento.

“Além da ivermectina, da azitromicina, da cânfora, nós também vamos oferecer o ozônio. É uma aplicação simples, rápida, de dois minutos, com um cateter fininho e isso dá um resultado excelente”.

Em Itajaí, cerca de 1,7 milhão de doses de ivermectina já foram distribuídas gratuitamente. 

Em uma live no Facebook, o prefeito informou ter cadastrado a cidade na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), relacionada ao Ministério da Saúde, para participar de um protocolo de pesquisa sobre o uso do ozônio.CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Em junho, a Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz) conseguiu a uma autorização do Conep (Conselho Nacional de Ética e Pesquisa) para liderar dois estudos com ozônio para pacientes ambulatoriais e pessoas internadas com a COVID-19. 

Ainda segundo a Aboz, a conclusão sobre o método de aplicação pelo ânus é “dez vezes mais barata” do que a versão intravenosa. 

De acordo com o Conep, “o efeito da ozonioterapia em humanos infectados por coronavírus é desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos”. 

Em 2018, o CFM emitiu um documento que proibe a prescrição de ozonioterapia em consultórios e hospitais por médicos. Sendo exceções a participação de pacientes em estudos de caráter experimental, baseados nos critérios definidos pela Conep, como é o caso do estudo em Itajaí. 

Segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não existe a cura para o novo coronavírus e tratamentos de eficácia científica comprovada contra a doença.

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